O pai era advogado, o irmão também e, por isso, foi mais a advocacia que escolheu José Abel de Andrade do que o contrário. Estudou Direito em Lisboa e desde que terminou o curso que tem exercido a profissão. Considera que dá sempre o seu melhor para responder às necessidades daqueles que o procuram. Diz ser um homem teimoso mas, antes de formar uma opinião, ouve todas as opiniões dos outros. É calmo e diz-se “avesso a litígios incontroláveis”.
Tem uma paixão relativamente recente, mas profunda, pela Moldávia. O país entrou na vida de José Abel de Andrade um pouco por acaso mas nunca mais saiu. Vai lá sempre que pode, tem amigos no país e diz que encontra nesse cantinho da Europa um pouco do que era Lisboa há 50 anos atrás. Considera a felicidade um estado difícil de alcançar e um conceito sempre em mutação. No limite, diz, “comer, beber e respirar”, é tudo aquilo de que precisamos para construir a felicidade. Sonhos tem muitos, tempo para os pôr em prática tem pouco. Mas vai sonhando. “Se não se sonhar, não acontece nada. Assim, alguma coisa há-de acontecer”.